sábado, 30 de junho de 2012
sexta-feira, 29 de junho de 2012
quinta-feira, 28 de junho de 2012
quarta-feira, 27 de junho de 2012
terça-feira, 26 de junho de 2012
História do Mestre Bimba
Manoel dos Reis Machado, também conhecido
como Mestre Bimba (Salvador, 23 de Novembro de 1900 - Goiânia,
05 de Fevereiro de 1974) foi criador da Luta
Regional Baiana, mais tarde chamada de capoeira
regional.
Ao
perceber que a capoeira estava perdendo seu valor cultural e enfraquecendo
enquanto luta, Mestre Bimba misturou elementos da Capoeira Tradicional com o
batuque (luta do Nordeste Brasileiro extinta
com o passar do tempo) criando assim um novo estilo de luta com praticidade na
vida, com movimentos mais rápidos e acompanhada de música.
Assim conquistou todas as classes da sociedade. Foi um exímio lutador e acima
de tudo um grande educador, foi o responsável por tirar a capoeira da
marginalidade. Praticantes dessa arte se denominam "capoeira", pois,
para eles, a capoeira é um estilo de vida - ser, pensar, agir como um capoeira.
Bimba
empunhava regras para os praticantes da capoeira regional, sendo elas:
-
Não beber, e não fumar. Pois os mesmos alteravam o desempenho e a consciência
da capoeira.
-
Evitar demonstrações de todas as técnicas, pois a surpresa é a principal arma
dessa arte.
-
Praticar os fundamentos todos os dias.
-
Não dispersar durante as aulas.
-
Manter o corpo relaxado e o mais próximo do seu adversário possível, pois dessa
forma o capoeira desenvolveria mais.
-
Sempre ter boas notas na escola.
No
vídeo Relíquias da Capoeira -
Depoimento do Mestre Bimba, um documento audiovisual em VHS produzido por
Bruno Farias, o próprio Manoel comenta sobre os motivos que o fizeram se mudar
para Goiânia, onde ele conseguiu mais apoio financeiro.
Posteriormente, em uma reunião de especialistas em capoeira no Rio de
Janeiro, explica-se mais sobre o nome do esporte, sobre a criação
da capoeira regional e sobre esse lendário personagem chamado Mestre Bimba.
A
versão original do vídeo, veiculada em 2006 pela extinta PAM TV Florianópolis
(Antigo canal 17 da TVA), acabou se extraviando. Porém, recentemente, o
jornalista Bruno Farias encontrou no antigo acervo da emissora uma amostra de 2
minutos do Relíquias da
Capoeira: Depoimento do Mestre Bimba e
escreveu uma matéria sobre o assunto, publicada no site da Revista de História da Biblioteca
Nacional, junto à referida amostra.
História do Mestre Pastinha
Mestre Pastinha nasceu em cinco
de abril de 1889, descendente de pai espanhol e mãe baiana, foi batizado em
1889 com o nome de Vicente Joaquim Ferreira Pastinha na cidade de Salvador-Ba.
Conta-se que o princípio de sua vida na roda de capoeiragem aconteceu quando
tinha oito anos, sendo seu mestre o africano Benedito, o que ao vê-lo apanhar
de um garoto mais velho, resolveu ensinar-lhe as mandingas, negaças, golpes,
guardas e malícias da Angola. O resultado veio logo aparecer, Pastinha nunca
mais fora importunado por ninguém. Mestre Pastinha serviu na Marinha de Guerra
do Brasil, onde permaneceu por um período de oito anos. Mestre Pastinha de tudo
fez um pouco, trabalhou como pedreiro, pintor, entregava jornais, tornou conta
de casa de jogo; no entanto, o que mais gostava de fazer era ensinar "a
grande arte". Pastinha conhecia a capoeira, sabia como era importante
continuar aquela cultura, aconselhava que era preciso ter calma no jogo
"quando mais calma melhor pró-capoeirista", e que a capoeira
"ela é o pai e mãe de todas as lutas do Brasil". Sabia muito bem os
fundamentos e os segredos existentes na capoeiragem, cantava, tocava os
instrumentos e ensinava como um verdadeiro mestre deve fazer. Pastinha foi nas
rodas de capoeira um autêntico mestre, um bamba na luta. Saindo da Marinha em
1910, inicia sua fase de professor de capoeira, seu primeiro aluno foi Raimundo
Aberrê, este se tornou um exímio capoeirista, conhecido em toda Bahia. Segundo
Mestre Pastinha, sua primeira academia ficava localizada no Largo do Cruzeiro do
São Francisco, na rua do meio do terreiro. Pastinha dizia: "A capoeira tem
muitas coisas. Primeira parte; a capoeira tem seu dicionário; segunda parte:
tem seu dicionário; terceira parte: tem seu dicionário e quarta parte: tem seu
dicionário". Ensinava que quando alguém fosse falar sobre capoeira
dissesse somente o que sabia, "não vá dizer que a capoeira é o que ela não
é, nem vá contar o que não viu ninguém falar, então, não vá contar aquilo que
não pode contar. Não é todo mundo que vá abrir a boca e dizer eu conheço a
capoeira, a capoeira é isso. Nem todos mentais, nem todos os sujeitos podem
abrir a boca para cantar o que é capoeira não". Mestre Pastinha era uma
pessoa bem humorada, descontraída, bastante receptivo, rico em conhecimento,
seu saber transcendia as rodas de capoeira. Era uma pessoa do mundo ideal,
camarada amigo, pai e irmão dos discípulos. Viveu intensamente seus longos anos
dedicados à capoeira de Angola, classificou-se na história da malandragem, da
malícia, como ás. Manteve em sua academia de Angola, a originalidade da
eficiência da luta em momento algum fora perdido na academia de Pastinha. Ele
contribuiu categoricamente com o seu talento e dedicação à capoeira para que a
sociedade baiana e brasileira percebesse a capoeiragem como uma luta-arte
imbatível, guerreira, que está além dos paupérrimos preconceitos que há na
sociedade. Vicente Pastinha foi filmado, fotografado, entrevistado, gravou
disco e deixou um livro, a capoeira nunca mais poderá esquecer este ás, o
guardião da capoeira Angola. Foi lá na casa 19, no largo do Pelourinho que
funcionava a sua academia, o Centro Esportivo de Capoeira Angola fundada em
1941. Milhares de pessoas estiveram na academia, ficavam impressionadas com as
cantorias, com o som dos berimbaus, pandeiros e agogôs e principalmente, com os
jogos que lá rolavam. Por fim, foi feita uma reforma n sobrado, disseram ao
mestre que ele não tinha com o que se preocupar, depois de terminadas as obras,
ele voltaria lá, seu lar, sua academia. Nunca mais se ouviu a voz de Pastinha
dentro do velho sobrado. O Mestre Pastinha não voltou, morreu na escuridão de
um quarto decadente no bairro Pelourinho em Salvador.
segunda-feira, 25 de junho de 2012
A capoeira e seus estilos
A capoeira e seus estilos
Galera
hoje quero falar sobre os estilos da nossa arte brasileira…assim como
praticamente todas as lutas e esportes a capoeira também tem seus estilos
diferentes dentro de si. Apesar de alguns não concordarem totalmente… hoje a
capoeira é basicamente dividida em três estilos: angola, regional e
contemporânea (estilo que alguns não reconhecem). Cada um tem a sua
particulariedade, seus toques de berimbaus especificos e outras coisas que vou
explicar! Vamo lá!
Capoeira Angola
Capoeira
Angola: A origem correta é um pouco dificil de se saber pois é uma arte da
época da escravidão portanto existem muito poucos documentos sobre sua origem.
A versão mais aceita é que a capoeira angola foi desenvolvida por escravos
africanos aqui no Brasil. Acredita-se que a capoeira angola era praticada
de nos terreiros das sensalas. Como os feitores e capitães-do-mato não
sabiam se a capoeira era uma dança ou uma luta, os escravos treinavam muito. As
caracteristicas princiapais do jogo de capoeira angola é o jogo mais rasteiro,
um jogo onde vc estuda muito mais o seu adversário… os movimentos também são
mais lentos (porém não menos eficientes), um jogo que exige mais força dos
jogadores, pois são movimentos que necessitam equilibrio. Na roda de angoleiros
antes do jogo começar sempre se canta uma ladainha (musica que geralmente conta
uma história), a bateria desse estilo de jogo geralmente é formada de três
berimbaus (Gunga (ou berra-boi), médio e viola), pandeiro, agogô, atabaque e
alguns mais antigos usam também o reco-reco. O maior icone e divulgador desse
estilo de capoeira é Vicente Ferreira, o Mestre Pastinha.
Capoeira Regional
Capoeira
Regional: Antes chamada de Luta Regional Baiana criada por volta de 1928
por Manoel dos Reis Machado, conhecido como Mestre Bimba. Mestre Bimba fez uma
junção da capoeira angola que ele ja praticava com um tipo de luta livre
chamado Batuque (que era muito comum na bahia no seculo XIX) e também alguns
movimentos de outras artes marciais. Na capoeira Regional o capoeira passou a
jogar mais em pé num jogo mais rapido. Mestre Bimba criou o primeiro método
didático de ensino que consistia na sequencia de Bimba (uma seuqencia de
movimentos especificos), Bimba criou também um código de ética que na época
exigia até mesmo a higiene do capoeira, instituiu o uniforme branco e o sistema
de Graduação, na época eram com lenços coloridos, mais tarde passou a ser
através de cordas, cordões e ou cordéis. Os toques também são bem especificos.
Na roda de capoeira regional os toques básicos pra se jogar é São Bento Grande
de Bimba (jogo em pé, rápido e mais agressivo), Benguela (jogo mais balançado,
um pouco mais lento que o sbg e mais floreado), Iuna (jogo exclusivo para
formados, mestres ). Existiam outros toques como o Cavalaria que avisava quando capoeiras de fora
chegavam, e também avisava a chegada da policia, o Idalina, Amazonas e Santa
Maria era toques para apresentações especiais.
Capoeira Contemporânea
Capoeira
Contemporânea:Apesar de alguns não concordarem com esse “novo estilo” ele hoje
é o que mais cresce. Surgiu mais ou menos na decada de 70, é um estilo que
basicamente mistura os estilos angola e regional. Com um jogo objetivo,
agrassivo, rápido (caracteristicas da capoeira regional 0 e ao mesmo tempo
balançado, floreado e malicioso (caracteristicas da capoeira angola). Um dos
precursores e divulgadores desse estilo é Mestre Camisa do grupo de capoeira
Abadá. O estilo contemporâneo não tem a intenção de descaracterizar as origens
da capoeira, este estilo vem para acrescentar mais ao capoeira que não se
limita apenas a um estilo só. As caracteristicas principais do jogo
contemporaneo são as expressões corporais muito mais evidentes (onde os
capoeiras balançam bem mais que os outros estilos), existem também as fintas de
movimentos (onde os capoeiras fingem um movimento praparando pra outro). Os
toques mais usados são São Bento Grande de Bimba e Benguela.
Galera espero que tenha sido
interessante saber um pouco mais sobre a história da nossa arte. Aguardem que
em breve estaremos postando mais da história da capoeira, origens, toques,
musicas enfim tudo sobre nossa arte, e claro o mais importante nunca esquecendo
do nosso MAIOR MESTRE…. JESUS CRISTO!
Letras de Musicas
Eu sou movido pela capoeira.
Escrito por Barril
Eu sou movido pela capoeira
Eu sou movido pelo berimbau
Na ladainha de Angola
Na quadra da Regional
No gingar de um capoeira
No toque do berimbau
Coro
O mundo fica pequeno
Quando a roda começa
Expresso o meu sentimento
Deixo o meu corpo falar
Coro
Ela é minha estrela guia
É ela que vem e me leva
Peço a Deus e agradeço
Por ter conhecido ela
Coro
Ela é a minha vida
É ela que me carrega
É a minha energia
Por isso eu levo ela
Coro
Eu comecei por brincadeira
Comecei sem emoção
Mas depois a capoeira
Conquistou meu coração
Coro
Eu escolhi a capoeira
Porque ela me escolheu
Olhei pra ela ela sorriu
E naquele instante me escolheu
________________________________________________________________________________
IAA IOO
Autor: Edison Show
Quando
o meu mestre se foi;
Toda
a Bahia chorou;
Iaiá
ioiô (2x)
Oi
menino com quem tu aprendeu; (2x)
Aprendeu
a jogar capoeira aprendeu;
Quem
me ensinou já morreu; (2x)
O
seu nome esta gravado;
Na
terra onde ele nasceu;
Salve
o mestre Bimba;
Salve
a ilha de Maré;
Salve
o mestre que me ensinou;
A
mandinga de bater com o pé
Coro
Mandingueiro;
Cheio
de Malé moléncia;
Era
ligeiro o meu mestre;
Que
jogava conforme
a
cadência;
No
bater do berimbau;
Salve
o mestre Bimba;
Criador
da regional;
Salve
o mestre Bimba;
Coro
Aprendeu
meia-lua aprendeu;
Oi
martelo, rabo-de-arraia;
Jogava
no pé da ladeira;
Muitas
vezes na beira da praia;
Salve
São Salvador;
Salve
a ilha de Maré;
Salve
o mestre que me ensinou;
A
mandinga de bater com o pé;
Maré
me leva;
Maré
me traz
A
vida do capoeira;
É
como a do pescador;
A
onda balança o barco;
E a
ginga o jogador;
Coro
O
vento sobrou nas velas;
Balançando
a minha nau;
Na
roda de capoeira;
Quem
me leva é o berimbau;
Coro
A
noite olho as estrelas;
Que
é pra me orientar;
Bom
Jesus dos navegantes;
É
quem me guia pelo mar;
Na
rede vem a traíra;
Um
peixe que morte a mão;
Na
roda brilha a navalha;
E os
cinco Salomão;
Coro
Às
vezes a pesca é boa;
Às
vezes o jogo é bom;
Mas
quando nada dá certo;
Eu
volto a tentar então;
Coro
________________________________________________________________
Seus olhos
Seus
olhos parecem dois rios rolando pro mar
Quando
você chora, quando você chora.
E eu
como bom capoeira não posso negar
Que
o meu berimbau também já me fez chorar
Tem
choro de alegria
Choro
de tristeza e dor
Cada
um tem seus motivos
Tem
até choro de amor
Seu
olhos...
Talvez
pela falta de jeito
Da
cabra valente
Quando
quer disfarçar
É
quando ele mais sente
Seus olhos...
Em
dados momentos da vida
É
preciso entender
Quando
é forte demais
É a
hora de ceder
Seus
olhos...
Se
diz o ditado
Que
o homem não pode chora
Como
posso explicar
Se
quando nasce, ele chora.
_________________________________________________________________
Capoeira eu não sou daqui
Autor : Sabia
Capoeira
eu não sou daqui
eu
sou de um outro lugar
minha
vida é a capoeira
eu
vou onde o Berimbau chamar
Coro
Coro
Na
mão levo meu berimbau
No
meu peito os meus fundamentosQuem comanda o jogo da vida
É a forca do meu pensamento
Coro
O
meu pensamento tá nela
No
meu peito ele palpita
Quando
eu vejo uma roda
O
meu corpo se arrepia
Coro
Ouço
a voz do berimbau
Treinando
consigo ver
Capoeira
é minha vida
Sem
ela não sei viver
Coro
Capoeira
tem harmonia
É
saudade de quem nos deixou
É
choro de uma viola
É
lamento de um cantador
Coro
A
saudade caminha comigo
Quem
tem seu mestre tem valor
A
falta que faz um amigo
Um
mestre, um irmão e um professor.
Golpes Fundamentais
Antes de mais, é necessário relembrar que este
espaço de demonstração de movimentos básicos de Capoeira ser útil, não tem
comparação ao treino com um Mestre de Capoeira. Apenas em treinos de Capoeira
se pode aprender se pode aprender esta verdadeira arte. E é necessário explicar
que seria impossível elaborar um reportório de todos os movimentos de Capoeira,
visto que muitos ou são derivados ou combinações de outros movimentos. nós aqui
apenas tentamos mostrar os mais comuns e básicos
Ginga:
O movimento básico de Capoeira. Em vez de o capoeirista se fixar numa
posição, ele está sempre em movimento, efetuando esta espécie de dança.
Au:
O Au é basicamente aquilo a que se chama uma roda, praticada
normalmente na ginástica. Também conhecido como Au Regional é usado na
Capoeira como uma forma rápida de fugir ou enganar o "adversário”.
Au
Angola:
O Au Angole é um Au, mas este é apenas utilizado na Capoeira
Angola. O seu afastamento do Au (acima) é o fato de se flexionarem
os joelhos na execução da roda.
Cocorinha:
A Cocorinha é um método evasivo, nomeadamente consiste na forma
de evitar pontapés circulares efetuados em curta distância. Neste movimento é
necessário que a mão que toca no solo mantenha o equilíbrio, e, tal como em
todos os movimentos e "jogo" capoeirista, é necessário manter sempre
o contato visual com o adversário.
Benção:
Trata-se
de um pontapé frontal, utilizado quer na Capoeira Regional quer na Capoeira
Angola, que consiste num movimento de força que pode surpreender o oponente.
Repare-se no movimento do joelho. O Capoeirista levanta a joelho, deixando o
adversário sem a certeza se este irá fazer a Benção, o Martelo ou qualquer
outro pontapé frontal com o mesmo tipo de movimento.
Rolê:
O Rolê trata-se de um meio de se movimentar na
"Roda", tal como a Ginga e o Au.
Ponteira:
É muito parecido com a Benção, mas trata-se de
facto de um movimento bem diferente, visto que é bem mais rápido e
imprevisível. Na Ponteira, o capoeirista não levanta o joelho, mas levante logo
a perna num movimento arqueado, apenas flexiona um pouco a perna na subida de
modo a atingir com maior impacto o peito ou estômago do oponente.
Meia Lua de Frente:
A partir da Ginga levanta-se a perna aliviada -
mais traseira - e roda-se numa trajectória correspondente a semi-círculo. É
necessário que, no movimento, não se perca a orientação. Para melhor equilíbrio, empurram-se os braços em sentido contrário.
Meia Lua de
Compasso:
Também
conhecida como Rabo de Arraia. Tal como na Meia Lua de Frente, levanta-se
a perna e roda-se de modo a se fazer um semi-circulo, mas desta feita, o
movimento é feito com ambas as mãos no chão e de costas voltadas para o
oponente. É um movimento muito comum na Capoeira, que para ser eficaz deve ser
efetuado muito rapidamente. O Capoeirista também deve ter cuidado ao levantar
a cabeça, porque normalmente este movimento é respondido também com qualquer
tipo de Meia Lua.
Armada:
Trata-se
de um pontapé rodado muito comum em Capoeira. Parecido com uma Meia Lua, devido
à rotação, começa-se, como quase sempre, a partir da Ginga. Neste caso não
existe apenas um rotação da perna, mas também uma importante rotação de corpo.
Martelo:
Pontapé
comum em Capoeira. É necessário um bom alongamento de pernas e equilíbrio. Tal
como na Benção é necessária a elevação de joelho, mas a movimentação da perna é
feita num ângulo diferente. O Martelo é muito Regional, muito competitivo,
forte e rápido.
Outros Movimentos:
Queda de três
Queda de
Quatro
Queixada
Fundamentos da Capoeira
A capoeira que se pratica hoje, apesar de estar um pouco descaracterizada, ainda assim preserva alguns fundamentos de antigamente. e os principais são:
- respeito ao berimbau;
Não importa o que aconteça na roda, quem está tocando o berimbau "gunga" é quem manda. É ele quem decide quando a roda para, quando o ritmo ou o toque muda e assim vai.
- jogar de acordo com o toque do berimbau
Se está tocando angola tem que jogar angola, se está tocando regional tem que jogar regional, assim como se estiver ouvido samba, não faz sentido dançar um forró.
- cumprimentar o seu parceiro ao entrar e ao sair da roda.
Na capoeira também não é necessário acertar um golpe no seu amigo para mostrar que você é melhor que ele. Os verdadeiros mestres quando percebem que vão acertar os seus parceiros conseguem parar o pé no momento exato antes de tocar o corpo do outro, mostrando que poderia te-lo acertado com golpe.
Existem também os mandamentos da capoeira regional, criados pelo Mestre Bimba que são:
1. Deixe de fumar. É proibido fumar durante os treinos.
2. Deixe de beber. O uso de álcool prejudica o metabolismo muscular.
3. Evite demonstrar aos seus amigos de fora da ‘roda’ de capoeira os seus progressos. Lembre -se de que a surpresa é a melhor aliada numa luta.
4. Evite conversar durante o treino. Você está pagando o tempo que passa na academia, e observando os outros lutadores, aprenderá mais.
5. Procure gingar sempre.
6. Pratique diariamente os exercícios fundamentais.
7. Não tenha medo de se aproximar do oponente. Quanto mais próximo se mantiver, melhor aprenderá.
8. Conserve o corpo relaxado.
9. É melhor apanhar na ‘roda’ que na ‘rua’.
Já na capoeira Angola, seus praticantes fazem questão de manter todos os seus preceitos e tradições, seus costumes e fundamentos como antigamente, mais parecendo um verdadeiro ritual. E muito belo de se ver.
- respeito ao berimbau;
Não importa o que aconteça na roda, quem está tocando o berimbau "gunga" é quem manda. É ele quem decide quando a roda para, quando o ritmo ou o toque muda e assim vai.
- jogar de acordo com o toque do berimbau
Se está tocando angola tem que jogar angola, se está tocando regional tem que jogar regional, assim como se estiver ouvido samba, não faz sentido dançar um forró.
- cumprimentar o seu parceiro ao entrar e ao sair da roda.
Na capoeira também não é necessário acertar um golpe no seu amigo para mostrar que você é melhor que ele. Os verdadeiros mestres quando percebem que vão acertar os seus parceiros conseguem parar o pé no momento exato antes de tocar o corpo do outro, mostrando que poderia te-lo acertado com golpe.
Existem também os mandamentos da capoeira regional, criados pelo Mestre Bimba que são:
1. Deixe de fumar. É proibido fumar durante os treinos.
2. Deixe de beber. O uso de álcool prejudica o metabolismo muscular.
3. Evite demonstrar aos seus amigos de fora da ‘roda’ de capoeira os seus progressos. Lembre -se de que a surpresa é a melhor aliada numa luta.
4. Evite conversar durante o treino. Você está pagando o tempo que passa na academia, e observando os outros lutadores, aprenderá mais.
5. Procure gingar sempre.
6. Pratique diariamente os exercícios fundamentais.
7. Não tenha medo de se aproximar do oponente. Quanto mais próximo se mantiver, melhor aprenderá.
8. Conserve o corpo relaxado.
9. É melhor apanhar na ‘roda’ que na ‘rua’.
Já na capoeira Angola, seus praticantes fazem questão de manter todos os seus preceitos e tradições, seus costumes e fundamentos como antigamente, mais parecendo um verdadeiro ritual. E muito belo de se ver.
sábado, 23 de junho de 2012
História da Capoeira
A capoeira surgiu entre os escravos como um grito de liberdade.
Os negros da África, a maioria da região de Angola, foram trazidos para o Brasil para trabalhar nas lavouras de cana de açúcar como mão de obra escrava.
Segundo Menezes (1976), a vida dos negros trazidos da África de maneira forçada, brutal, consistia em trabalhar de sol a sol para os senhores portugueses que exploravam as riquezas brasileiras desde o descobrimento.
Chegando à nova terra, (os escravos) eram repartidos entre os senhores, marcados a ferro em brasa como gado e empilhados na sua nova moradia: as prisões infectadas das senzalas. Os colonizadores agrupavam os africanos de diferentes tribos, com hábitos, costumes e até línguas diferentes, eliminando, assim, o risco de rebeliões.
Os negros chegavam ao Brasil, depois de passarem dias empilhados em navios negreiros, trazendo como única bagagem suas tradições culturais e religiosas.
O negro trouxe consigo suas danças e lutas guerreiras que de muita valia veio a se tornar para os escravos fugitivos.
Na África, mais precisamente na região de Angola, os negros lutavam com cabeçadas e pontapés nas chamadas "luta das zebras", disputando as meninas das suas tribos com a finalidade de torná-las suas esposas.
Na ausência de armas, os negros buscaram nas danças guerreiras sua forma de defesa. Da necessidade de preservação da vida, surgiu a capoeira.
Tendo como mestra a mãe natureza, notando brigas dos animais as marradas, coices, saltos e botes, utilizando-se das manifestações culturais trazidas da África (como, por exemplo, brincadeiras, competições etc. que lá praticavam em momentos cerimoniais e ritualísticos), aproveitando-se dos vãos livres que aqui se abriam no interior das matas e capoeiras, os negros criam e praticam uma luta de autodefesa para enfrentar o inimigo.
Com o passar dos tempos, os nossos colonizadores perceberam o poder fatal da capoeira, proibindo esta e rotulando-a de "arte negra", Santos (1998).
Em 1888 foi abolida a escravatura e com isso muitos escravos foram lançados nas cidades sem emprego e a capoeira foi um dos meios utilizados para a sobrevivência. Alguns ex-escravos passaram a ganhar a vida fazendo pequenas apresentações em praça pública, porém muitos deles utilizaram a capoeira para roubar e saquear.
Os marginais brancos também aprenderam a nova luta com o convívio mais direto com os negros e introduziram na sua prática as armas brancas.
Formaram-se verdadeiros bandos de marginais aterrorizando a população.
Já em 1890 a capoeira foi colocada fora da lei pelo Código Penal da República, que dizia:
Art. 402 - Fazer nas ruas e praças públicas exercícios de agilidade e destreza corporal, conhecidos pela denominação capoeiragem; andar em carreiras, com armas ou instrumentos capazes de produzir uma lesão corporal, promovendo tumulto ou desordens, ameaçando pessoa certa ou incerta, ou incutindo temor de algum mal: Pena: De prisão celular de dois meses a seis meses. (Barbieri, 1993, p.118).
Segundo Sodré (1983), as punições aplicadas eram reclusão na ilha Fernando de Noronha e castigos corporais, tais como chibatadas.
Segundo Areias (1983), os seus chefes foram encarcerados ou exterminados, mas a capoeiragem continuou fazendo o seu trajeto.
A capoeira se espalhou pelo Brasil, porém foi nos estados da Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco onde se encontravam os maiores comentários entre o povo e a imprensa local. Apesar de reprimida a capoeira continuou a ser praticada e ensinada para as gerações seguintes.
Em 1929 ocorreu à quebra da Bolsa de Nova Iorque com a consequente crise do capitalismo, o Brasil viveu um momento de ebulição das forças sociais.
Com a entrada de Getúlio Vargas no governo do país, medidas foram tomadas para angariar a simpatia popular, entre elas a liberação de uma série de manifestações populares. Para tal, Getúlio Vargas convidou Manoel dos Reis Machado, o mestre Bimba, para uma apresentação no Palácio do Governo. Temendo a popularização da arte - luta, Getúlio Vargas permitiu a abertura da primeira academia de capoeira, que teria um cunho folclórico. Após essa passagem, a capoeira perdeu suas características de luta marginal e vadiagem, visto que para frequentar a academia de mestre Bimba os indivíduos eram obrigados a ter carteira de trabalho assinada.
Grande parte do que se sabe hoje sobre a capoeira praticada pelos escravos foi transmitido pelas gerações de forma oral, visto que "... a documentação referente à época da escravatura foi queimada por Rui Barbosa, Ministro da Fazenda no governo de Deodoro da Fonseca" (Sete 1997).
Enfim, a capoeira ganhou a popularidade estimada por Bimba, e até os dias de hoje vem reunindo adeptos pelo país.
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